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Porque o vinho nacional é ruim?

02 maio

Por cultura em nossas raízes, que sempre valorizaram o produto o da corte, hoje importado. Simplesmente por este motivo, mas que é o principal complicador da expansão do consumo de vinhos brasileiros e nosso país. Enquanto se abre novos mercados, como países da Europa oriental, Filipinas o nacional parece estar blindado ao produto de sua origem.

Este quadro pode e deve mudar, mas não é com protecionismo maroto, e sim com trabalho sério e projetos dinâmicos e de estimulo à experimentação, conhecimento, para conseguentemente se ter o mercado de consumo, progressivo e promissor.

Com a questão das salvaguardas, das quais sou contra (para clareza de fato), o publico vem sendo conduzido a que no mundo dos vinhos o Brasil é o bixo papão da estória, isto mesmo, parem e pensem e veram este novo conto de fadas.

Mais e mais consumidores se aliam ao pensamento que falta qualidade ao produto nacional, e ajudam a propagar está ideia falsa, que está ligada a outra, também não verdadeira. Acredito que 30% a 45% do que é ofertado no mercado como vinho nacional tem de boa a ótima qualidade, e quando refinamos está avaliação aos vinhos finos, creio que o número sobe para  65% a 75% dos rótulos disponíveis para consumo.

O consumidor não pode avaliar, sem provar ao menos os vinte principais produtores, para só então ter parâmetros para julgar. Não por ser consumidor de longa data de vinhos de outras origens que o habilita a questionar o qualidade e preço, apenas pelo fato de ter provado uns dez rótulos nacionais, e isto num espaço de tempo amplo.

Convoco aos sensatos colegas a praticar a prova do vinho, neste caso o brasileiro e descobrir que há sim condições muito boas de consumo a preços comparados de muito benefício. Avaliem algum dos rótulos que vou citar.

Salton Classic toda linha pode ser encontrado ao preço médio de R$ 12,90, concorre diretamente aos vinhos de  tidos com “reservado” ou “clássico”.

Duetto Valduga linha que conbinada duas uvas na sua elaboração, provem o Shiraz | Pinot Noir, ou os da linha Volpi, como o excelente Pinot Noir, vinhos que concorrem com os de linha “Premium” e “reserva” com custo médio inferior de dez reais.

Don Laurindo Gran Reserva Merlot, Lote 43, vinhos que expressão aromas e paladar singulares dignos de vinhos ícones. O belo Concentus da Pizzato, o Storia da Casa Valduga, os vinhos do produtor Vallotano e outros muitos mais, que em diversas provas de confrarias que tive a honra de participar me apresentaram.

Portanto afirmo temos sim Vinho Brasileiro de Qualidade, talvez obtido com maior sacrifício, mais arrojo, por teimosia pura e simples ou por displicência de gênero de cultivos mais rentáveis em favor da tradição e cultura secular da origem de nosso povo. Seja como for o resultado está a posto e pronto para servir a mesa, e a economia e balança comercial brasileira.

 

 
4 Comentários

Publicado por em 2 de maio de 2012 em Uncategorized

 

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4 Respostas para “Porque o vinho nacional é ruim?

  1. Leandro Ebert

    19 de setembro de 2012 at 6:20 PM

    Apenas uma observação, o Duetto custa em torno de 30 reais, custo médio inferior de dez reais eu desconheço.

    recomendo a leitura do seguinte artigo, publicado no Jornal do Comércio:

    o vinho brasileiro é bom?
    http://leandroebert.blogspot.com.br/2012/07/o-vinho-brasileiro-e-bom.html

    abraço e parabéns pelo belo texto!

     
  2. Eduardo M Araujo

    19 de setembro de 2012 at 6:48 PM

    Belo texto Carlos Haroldo.
    Multiplico essas opiniões que você passou e que também concordo.
    Saúde!

     
  3. Mauro

    25 de setembro de 2012 at 12:33 PM

    Parabéns pelo comentários. Otimos texto e precisamos nos orgulharmos dos vinhos que são feitos no Brasil

     
  4. Victor Beltrami

    1 de outubro de 2012 at 1:02 PM

    Eu até concordo que temos vinhos brasileiros de qualidade, o que eu ainda questiono é a faixa de preço em que a maioria dos mesmos se posiciona. Quando falamos das linhas de entrada temos bons competidores, mas a medida que os preços se elevam, perdemos em competitividade.

    No mais, excelente texto. Continue com o bom trabalho.

    Abraços!

    Victor

     

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